Uma característica fundamental da graxa lubrificante é a proteção contra água/umidade. A graxa precisa repelir a água e evitar que seja lavada ou se decomponha devido à contaminação por água. Em aplicações marítimas em que há contato direto com umidade/água, a resistência da graxa à água é fundamental para uma lubrificação eficaz. No entanto, a graxa em aplicações marítimas pode acabar entrando no meio ambiente, seja em oceanos, portos ou na sujeira e no solo que pisamos. Um fator que não deve ser negligenciado é o impacto ambiental do lubrificante. Será que a graxa marítima realmente significa que é segura para o ambiente marinho? Neste artigo, veremos quais são os atributos e as características típicas da graxa marítima, o que define um lubrificante ambientalmente aceitável (EAL) e entenderemos a necessidade de uma graxa EAL.
Atributos típicos da graxa marítima
Uma graxa de aplicação marítima típica apresenta várias propriedades de resistência à água, seja resistência à quebra por contaminação da água ou resistência à lavagem por submersão, chuva, spray ou umidade do ar. Para obter essas propriedades, a graxa marítima normalmente é fortificada com polímeros e há muitas opções, desde espessantes até óleo básico, que podem ser usadas. As graxas marítimas podem conter óleos básicos minerais e PAO, juntamente com aditivos que não permitem que a graxa seja biodegradável.
Lubrificante ambientalmente aceitável
Os lubrificantes ambientalmente aceitáveis são formulados para serem produtos biodegradáveis, minimamente prejudiciais e não bioacumulativos. A graxa EAL deve ser mais de 60% biodegradável por volume em 28 dias. Para garantir que a graxa seja minimamente prejudicial ao meio ambiente, os lubrificantes da EAL são testados para assegurar que sejam seguros para o solo, bactérias, peixes e outras áreas. Os lubrificantes da EAL são projetados para não serem bioacumulados, evitando a formação de níveis nos organismos que possam subir na cadeia alimentar em concentrações que poderiam ser prejudiciais aos seres humanos e a outros organismos.
A necessidade de lubrificantes ambientalmente aceitáveis
A necessidade de lubrificação adequada por meio de graxas EAL foi reforçada pela Permissão Geral de Embarcações de 2013, que exige que as graxas EAL sejam utilizadas em embarcações com aplicações consideradas óleo para o mar. Por esse motivo, as graxas EAL também devem ser usadas em equipamentos de contêineres nos portos. É comum ver uma graxa EAL possuir uma certificação EAL de uma organização autorizada, como a EU Ecolabel, a OSPAR ou a Nordic Swan. No setor de silvicultura e mineração, é importante evitar que o excesso de graxa lubrificante entre em contato com o solo ao redor e com os cursos d’água subterrâneos.
Resumo
Em conclusão, o simples fato de você ter uma graxa marítima não garante que ela seja a graxa marítima mais segura para o meio ambiente. É igualmente importante garantir que você esteja lubrificando sua aplicação para obter o melhor desempenho e, ao mesmo tempo, evitar ou limitar qualquer dano ao ambiente.
Se você não tiver certeza de que está utilizando a graxa correta para sua aplicação marítima, entre em contato com o representante da JAX para obter assistência.
